Programação – 2021

29/11 | 15h – 16h

Abertura

Tania Bacelar (UFPE)

Carlos Augusto Monteiro (Nupens/USP)

Simone Grilo Diniz (Vice-Diretora da Faculdade de Saúde Pública/USP)

Mensagem de Anna Maria Castro (UFRJ e filha de Josué de Castro)

Moderação: Tereza Campello (Cátedra Josué de Castro)


29/11 | 16h – 18h

Geografia da Fome

Renata Levy (Nupens/USP)

Rosana Salles Costa (UFRJ)

Inês Rugani (UERJ)

Douglas Belchior (Coalizão Negra por Direitos)

Moderação: Elisabetta Recine (UnB e Opsan)

Esta mesa, que abre o Seminário “Geografia da Fome – 75 anos depois: novos e velhos dilemas”, adota como título a obra “Geografia da Fome” e se inspira em elementos das contribuições do médico Josué de Castro para compreender o Brasil de hoje. Busca, assim, traçar uma abordagem transversal sobre como se expressa a má nutrição em suas diversas nuances e como elas se refletem em dimensões de interseccionalidades como gênero, raça, idade, território. Quem são as pessoas em situação de insegurança alimentar atualmente? O que mudou no estado nutricional e nos padrões alimentares da população brasileira nas últimas décadas? Como o Brasil saiu e voltou tão rápido ao Mapa da Fome? São algumas das questões-chave contidas nesta seção. 


30/11 | 16h – 18h

Geografia das Desigualdades Socioeconômicas e Determinantes da Pobreza e da Fome

Domênica Rodrigues (ABA)

Renato Maluf (UFRRJ e Rede Penssan)

Ladislau Dowbor (PUC/SP)

Ana Paula Ribeiro (MTST)

Moderação: Ricardo Mendes Antas Jr. (FFLCH/USP)

O debate sobre desigualdade, pobreza e fome no Brasil está na ordem do dia. Neste contexto, a segunda mesa do  Seminário “Geografia da Fome – 75 anos depois: novos e velhos dilemas” se detém sobre as transformações sociais e econômicas e os impactos nas condições de vida da população brasileira nas últimas décadas. Ao examinar as desigualdades socioeconômicas, e suas características multidimensionais, como determinantes da pobreza e da fome, urge compreender como as desigualdades surgem e se reproduzem historicamente. A obra de Josué de Castro, lançada em 1946, ilumina esta análise. A fome e a pobreza precisam ser compreendidas como problemas políticos,  não somente socioeconômicos, e são fenômenos que não podem ser analisados de forma isolada ou tidos como naturais. O debate procura também levantar perspectivas e construir uma narrativa para um Brasil sem fome, sem miséria e com menor desigualdade. Também tenta responder a seguinte questão: como as desigualdades se somam e se retroalimentam na explicação dos flagelos da pobreza e da fome como fenômenos políticos, sociais e econômicos no Brasil de hoje e no Brasil que virá?


01/12 | 16h – 18h

Geografia da Produção de Alimentos

Ana Chamma (GPP/Esalq e Imaflora)

Arilson Favareto (UFABC e Cebrap)

Walter Belik (Unicamp e Instituto Fome Zero)

Maria Emilia Pacheco (FASE)

Moderação: Adriana do Nascimento Silva (FETAPE)

Tornou-se lugar comum mencionar o paradoxo de que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, ao mesmo tempo em que a população convive com a fome. A terceira mesa do Seminário “Geografia da Fome – 75 anos depois: novos e velhos dilemas” busca analisar esses fenômenos, que, apesar de parecerem contraditórios, estão interligados. Para tanto, percorre as principais transformações de um país rural, exportador de café e importador deficitário na produção da maioria dos produtos agrícolas consumidos na década de 1950, para o Brasil de hoje, um dos maiores exportadores agrícolas e com uma população predominantemente urbana. A partir destas transições e da compreensão sobre a dinâmica produtiva, seus efeitos sociais e ambientais, o debate se orienta pela questão: por que ao longo da trajetória que transformou o Brasil em potência agrícola, a insegurança alimentar e nutricional continuou persistente ao mesmo tempo em que tivemos um aumento expressivo de sobrepeso e obesidade? Através de um olhar histórico sobre a produção agrícola do Brasil, a mesa também irá explorar as implicações do modelo de desenvolvimento agroindustrial nas principais crises ambientais globais – mudanças climáticas, perda da biodiversidade, disponibilidade hídrica – e na persistência da pobreza e das desigualdades no meio rural.


02/12 | 16h – 18h

Geografia da Crise Socioambiental e Alimentar

Tasso Azevedo (MapBiomas)

Ane Alencar (IPAM)

Ricardo Abramovay (IEA/USP)

Elaine Azevedo (UFES e Escola Livre ComidaETC)

Selma Dealdina (CONAQ)

Moderação: Janine Giuberti (Idec)

A mudança de uso da terra e a agropecuária são os setores que mais respondem pelas emissões de gases de efeito estufa no Brasil, colocando-o no ranking dos países que mais contribuem para a crise climática. Mas, diferente de outras realidades, o Brasil tem a oportunidade de reduzir seus impactos por meio do controle do desmatamento e da transformação de seus sistemas alimentares. A quarta e última mesa do Seminário “Geografia da Fome – 75 anos depois: novos e velhos dilemas” busca olhar para essa situação, a partir da análise do sistema de produção e consumo de alimentos vigente, desigual e excludente, responsável pela convivência e pelo acirramento de três pandemias: a pandemia da fome, a da obesidade e a das mudanças climáticas (uma sindemia). Governos, produtores rurais, indústria de alimentos, consumidores: quais responsabilidades e mudanças de postura podem ser adotadas, contribuindo com sistemas alimentares mais sustentáveis? Essa é uma das reflexões trazidas pela mesa que investiga a relação entre a crise socioambiental e a alimentação nos dias atuais. 


02/12 | 18h – 18h20

Encerramento

Tereza Campello (Cátedra Josué de Castro)